quarta-feira, fevereiro 28, 2007
RTP, uma arte excepcional de vender vento
A verdade é que enquanto estiver no ar um programa tacho com o idiota do Diogo Infante e, o comportamento irritante revelado por Fátima Campos Ferreira nos últimos Prós e Contras ensaboadelas, o resultado liquido positivo da RTP só mesmo em 2070…
"A Queda de um Anjo em Cima de um Homem..."
Esta obstinação de criticar e ajuizar o regresso de Paulo Portas é de uma desventura e egotismo desagradável. Giovanni Ganganelli, Papa Clemente XIV, já dizia que a vida contemplativa não convêm senão aos anjos; o homem deve agir. Amanhã, por esta hora, depois do discurso, cada senhora na flor da meia-idade e, da terceira idade, vai estar em êxtase absoluto, rejubilará com tamanha brutalidade o entusiasmo orgásmico do regresso luxuriante do anjinho invertido de nome Paulo Portas. Paulo Portas, o aprazedor das intemperanças das senhoras de Chanel nº 5 e das catraias de odores afanecados.
sábado, fevereiro 24, 2007
O Desconhecimento da Máquina Mental
Nós estamos apenas a começar a compreender as funções mentais mais simples em termos biológicos, estamos muito longe de ter uma neurobiologia realista das síndromes clínicas
Um apontamento à entrevista de Eric Kandel, Nobel da Medicina e da Fisiologia em 2000, na revista Visão desta semana. Kandel acredita que o século XXI irá desvendar os segredos da mente e das suas doenças. O seu trabalho de investigação centra-se na capacidade memorística, ou seja, o que acontece às células cerebrais quando a memória é formada e, igualmente, se centra nos processos de aprendizagem ao nível sináptico (contactos entre neurónios). O contributo da lesma marinha (Aplysia puntacta) foi fundamental para a investigação de Kandel devido à pequena quantidade de neurônios, aproximadamente 20 mil, no seu sistema nervoso. Outra vantagem da utilização deste animal, é que os neurônios são sempre organizados da mesma forma. Contudo, a intensidade de conexões entre os neurônios pode ser modificada através da influência no processo de aprendizagem. A aprendizagem envolve a formação de memória e, a memória, desencadeia alterações no sistema nervoso central. Kandel demonstrou que a memória modifica as sinapses no cérebro sendo esta uma descoberta de extrema relevância. Além disso, demonstrou que a memória de curto prazo modifica as sinapses já existentes e, a memória de longo prazo, envolve a criação de novas sinapses.
A compreensão de como ocorre a formação da memória e os processo de aprendizagem no âmbito sináptico, pode auxiliar no desenvolvimento de fármacos, para serem administrados em perturbações neurológicas como a doença de Alzheimer e outras doenças mentais. Kandel defende que o treino da memória pode atrasar a doença de Alzheimer, uma vez que, crescem novas ligações sinápticas. Por outro lado, uma pessoa de memória extraordinária tem a sua criatividade comprometida.
Polyphonie Sauvage
Sente-se a leveza da voz, os intervalos e as pausas, uma discreta melodia na suprema doçura da voz de Émilie Simon num enredo casto fruto de uma pose girlish. A fragilidade desta cantora e compositora francesa alcança derradeiras quimeras. Em contemplação, o silêncio é habito por, Le Vieil Amant de Émilie Simon do álbum Végétal.
In(e)vasão Sacra
Angels' Mass, Albrecht Dürer
Em propensão sócio-cultural, a Baixa-Chiado consagra a música sacra nas Igrejas da velha Lisboa. O III Ciclo de Concertos de Música Sacra decorre alternadamente na Igreja de Santa Maria Madalena e na Basílica dos Mártires, à excepção, dos dois últimos agendados para a Igreja da Encarnação e de São Nicolau. Os concertos são realizados com o apoio do pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa.
O programa entre domingo e 25 de Março, apresenta obras de Duarte Lobo, Damião de Góis, Tomás Luís de Victoria, Domenico Scarlatti, Johann Sebastian Bach, João Rodrigues Esteves, Orlando di Lasso e Frei Manuel Cardoso, entre outros. A interpretação do repertório fica a cargo dos Coral Vértice (grupo vocal masculino fundado em Outubro de 1974 por membros do Coro Gulbenkian. O grupo interpreta música da Idade Média até aos nossos dias, incluindo música erudita – sacra e profana – e tradicional, com especial relevo para a Música Portuguesa), Voces Caelestes, Vox Canónica (formação coral de Câmara de vozes mistas, sob a Regência Musical de João Luís Ferreira. O repertório, sob a égide do Canon e do Latim, integra composições de Canto Gregoriano, Música Sacra Polifónica, Cancioneiro Medieval. Neste concerto apresentam «O Mistério Doloroso», peças sobre a Paixão de Cristo da Idade Média até ao séc. XX.), Polyphonia Schola Cantorum e o Quintare.
Entre 15 de Abril e 27 de Maio poderão ser ouvidas a Messe de Nôtre-Dame, de Guillaume de Machaut, obras de Diogo Melgaz, Anton Bruckner, Benjamin Britten, Paul Hindemith, Heitor Villa-Lobos, Jan Jiresek, Gee-Bum Kim e Gonçalo Lourenço, entre outros. A voz deste reportório é projectada pelos Ensemble Vocal Mensura, Coro Odyssea (constituído por 16 cantores sendo o seu principal objectivo levar a palco obras de compositores ainda vivos, entre estes também o próprio maestro do grupo, Gonçalo Lourenço e um dos seus cantores, Ricardo Martins), Coro Polifónico Almada, Ensemble Capella Mundi, Coral Vértice, Polyphonia Schola Cantorum, Concentus Musicus de Lisboa, Voces Caelestes.
O programa entre domingo e 25 de Março, apresenta obras de Duarte Lobo, Damião de Góis, Tomás Luís de Victoria, Domenico Scarlatti, Johann Sebastian Bach, João Rodrigues Esteves, Orlando di Lasso e Frei Manuel Cardoso, entre outros. A interpretação do repertório fica a cargo dos Coral Vértice (grupo vocal masculino fundado em Outubro de 1974 por membros do Coro Gulbenkian. O grupo interpreta música da Idade Média até aos nossos dias, incluindo música erudita – sacra e profana – e tradicional, com especial relevo para a Música Portuguesa), Voces Caelestes, Vox Canónica (formação coral de Câmara de vozes mistas, sob a Regência Musical de João Luís Ferreira. O repertório, sob a égide do Canon e do Latim, integra composições de Canto Gregoriano, Música Sacra Polifónica, Cancioneiro Medieval. Neste concerto apresentam «O Mistério Doloroso», peças sobre a Paixão de Cristo da Idade Média até ao séc. XX.), Polyphonia Schola Cantorum e o Quintare.
Entre 15 de Abril e 27 de Maio poderão ser ouvidas a Messe de Nôtre-Dame, de Guillaume de Machaut, obras de Diogo Melgaz, Anton Bruckner, Benjamin Britten, Paul Hindemith, Heitor Villa-Lobos, Jan Jiresek, Gee-Bum Kim e Gonçalo Lourenço, entre outros. A voz deste reportório é projectada pelos Ensemble Vocal Mensura, Coro Odyssea (constituído por 16 cantores sendo o seu principal objectivo levar a palco obras de compositores ainda vivos, entre estes também o próprio maestro do grupo, Gonçalo Lourenço e um dos seus cantores, Ricardo Martins), Coro Polifónico Almada, Ensemble Capella Mundi, Coral Vértice, Polyphonia Schola Cantorum, Concentus Musicus de Lisboa, Voces Caelestes.
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
"O Desprezo É A Doença Mais Perigosa do Estado"
É de uma insolência lancinante a argumentação da actualidade política numerária “ainda não há qualquer decisão política final sobre a questão da rede de urgências”. A consideração pelo eleitorado passa pela providência da não abertura ao diálogo, da inexistência de explicações relativas à requalificação das urgências e, sem sombra de remorso, fazer do povinho otário e provinciano colocando em causa a qualidade de vida das pessoas.
A competência do Ministro da Saúde tem sido silenciar os autarcas com propostas de melhores transportes como uma forma de melhorar a acessibilidade às urgências. É notório que Correia de Campos, o despótico trapalhão, tem plena consciência onde se encontra geograficamente a população mais envelhecida de Portugal. Também revela um profundo conhecimento do território, da população dispersa, das particularidades das estradas do interior do país e, que a salvação de uma vida passa por uma questão de quilómetros e não de segundos. Até estou confiante que esta gente, alapada à capital, ao centralismo, vai apostar numa frota de helicópteros-ambulâncias bem apetrechados ao serviço da comunidade, mesmo porque, os recursos humanos vão aumentar no novo mapa das urgências. Aprecio que estes novos investimentos vão ser ainda mais dispendiosos justificando aquela máxima, mais dispendioso é bom. Já o Orçamento de Estado foi uma miragem.
Esta gente do povo sem grande granjeio, lá das terrinhas, possuem uma dinâmica económica reduzida e, o melhor, para este Governo, é mandá-los para uma espécie de matadouro virtual.
A competência do Ministro da Saúde tem sido silenciar os autarcas com propostas de melhores transportes como uma forma de melhorar a acessibilidade às urgências. É notório que Correia de Campos, o despótico trapalhão, tem plena consciência onde se encontra geograficamente a população mais envelhecida de Portugal. Também revela um profundo conhecimento do território, da população dispersa, das particularidades das estradas do interior do país e, que a salvação de uma vida passa por uma questão de quilómetros e não de segundos. Até estou confiante que esta gente, alapada à capital, ao centralismo, vai apostar numa frota de helicópteros-ambulâncias bem apetrechados ao serviço da comunidade, mesmo porque, os recursos humanos vão aumentar no novo mapa das urgências. Aprecio que estes novos investimentos vão ser ainda mais dispendiosos justificando aquela máxima, mais dispendioso é bom. Já o Orçamento de Estado foi uma miragem.
Esta gente do povo sem grande granjeio, lá das terrinhas, possuem uma dinâmica económica reduzida e, o melhor, para este Governo, é mandá-los para uma espécie de matadouro virtual.
terça-feira, fevereiro 20, 2007
A Inexistência da Sombra
Apesar da recta final do Carnaval, é perfeitamente normal que ninguém faça o balanço dos dois anos da Oposição… Esta santificação inútil são os primeiros sintomas do despotismo moderno, coloco em causa se ainda existe o direito de Oposição na CRP…
domingo, fevereiro 18, 2007
Atmosfera Carnavalesca
Max Beckmann, Carnival (Fastnacht), 1920
As comissões carnavalescas alastram-se e, na minha descortesia do costume, desprezo as estroinices abrasileiradas, olharapos e cabeçudos. Chic chic é forrobodó o ano inteiro! Nestes dias vou imaginar que me encontro num quarto obsceno da Brandoa, em vez de um quarto luxuriante em Montparnasse, e inspirar-me na genialidade dos "escritores" portugueses do top da fnac e, remeter-me, para a condição deplorável de escrever com a total convicção de mandar o original para a editora Cavalo de Ferro.
Sim… sou pessoa para ter o condão de escrever os mistérios das capelas alentejanas e as premeditações assassinas de microrganismos encrostados no Graal sob a artificialidade nietzscheniana na vanguarda do pós ateísmo fleumático na descristalização monoteísta e nas preflorações al gorianas em oposição às manjedoiras bélicas terrestres, em morfinização dos testículos cheios dos madeirenses na perspectiva tecnófila da descodificação das maçonarias, com a revelação da cor do cavalo azul da Prússia, em secretismos suburbanos do informador da conspiração da comunidade rastafariana sob influencias iraquianas em ângulos pederastas de Safo dos aspectos biográficos da costureirinha da indumentária pombalina em paradoxo às ovações entusiásticas de Salazar, cimentando-se o tratado apolítico hediondo aos antídotos das idolatrias do eu nas consequências dos círculos concêntricos de sol que secam a superespecialização-estandardizado-merdosa do sujeito.
sábado, fevereiro 17, 2007
Apanhando o Balanço
Ia tendo quase um espasmo animal, a JS existe, e excede-se a desenvolver temas prioritários como o emprego e habitação, Europa e ambiente??? Fónix que exuberância!!! Uma pessoa a pensar que estes exemplares de perfeição humana eram mero requinte decorativo socialista... Afinal são elegantes cumpridores dos desígnios superiores mas, assim como assim, fiquei de cabeça às avessas e, então para quando o referendo sobre o casamento entre homossexuais? Só pró ano? Assim como assim, depois do Carnaval, o povo não tem nadica de nada agendado pra fazer…
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
Dependência Poética
Porque ouves com tristeza a música a ouvir?
O mel se casa ao mel, a alegria ao prazer.
Por que amas o que acolhes descontente,
E gostas com prazer do que não te apetece?
Se a perfeita união de sons bem combinados
Em feliz himeneu ofende os teus ouvidos,
Ela não faz senão doce censura a ti
Que unces numa só voz as que soaram
sozinhas.
Nota como uma corda, enamorada doutra,
A ela vai-se unir em acordes harmónicos,
Semelhante ao pai, ao filho, e à mãe feliz
Que cantam num só tom uma área
encantadora,
Um canto sem palavra e embora numeroso
Um só parece e diz: "Sozinho, serás nada.".
William Shakespeare, Sonetos
Memorável Naturalismo
A partir de hoje até Maio, o Museu do Chiado apresenta os primeiros 26 anos de vida artística de Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929). Esta exposição assinala os 150 anos do nascimento do pintor, apresentando 90 obras, entre pintura e desenho, onde predominam o retrato e a composição de cenas quotidianas da burguesia portuguesa. Um dos mais prestigiados pintores realistas e naturalistas portugueses, Columbano Bordalo Pinheiro frequentou a Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde foi aluno de Simões de Almeida, escultor do romantismo português. Concluiu a sua formação em quatro anos, em vez dos curriculares sete, e estudou em Paris, sendo discípulo de Manet, Degas e Deschamps. Entre os seus quadros mais conhecidos, destacam-se as representações dos seus amigos Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Teófilo Braga e Antero de Quental, as pinturas da sala de recepção do Palácio de Belém, os painéis dos “Passos Perdidos” da Assembleia da República e o tecto do Teatro Nacional.
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Monólogos Dramáticos
Tenho a dizer que não lamento ter ofendido, ou ferido as susceptibilidades das criaturas queixosas com o post A Vitória do Capitalismo às 10 Semanas. Acrescento, face às vossas pretensões, que a cobiça do Humanismo é uma teoria que caiu em desuso, por isso, ignóbeis parasitas, para interpretarem a expressividade da Humanidade dos nossos dias, é aconselhável a fazer-se uma leitura proporcional aos gestos e proporções que acontecem na realidade.
O lema é proclamar-se a deliberação voluntária dotada de bom senso, se a mulher não deseja ter o filho sob a égide e responsabilidade do "parceiro", não o deve fazer, uma vez que, a atitude egocêntrica de ambos será um “mal” benéfico para aquele ser.
Além disso, a falada modernidade de uma sociedade, passa simplesmente pela ousadia de nascer. Sendo impossível um feto usar a razão, a possibilidade de uma futura convivência com mulheres que lutam pela sua autodeterminação de supermercado e cartão visa, pela preservação do corpo feminino contra o que se pode chamar agressões fisiológicas da gravidez e do parto, e que lutam contra os traumas psicológicos que surgem ao aturar e não educar uma criança, estão a agir em benefício do feto enquanto criança vindoura e infeliz.
Acredito que tal como o acto de abortar, o desejo normal de ser pais, amar e educar, devia ser acompanhado por assistência e avaliação psicológica, na medida em que, várias impotências cerebrais usam os filhos como suporte de benefícios económicos provenientes dos avós, do Estado, como sustentáculo de uma relação falhada e cartão de fidelidade para o mundo dos adultos emancipados e integrados socialmente, com a agravante de os papás desejarem manter um conceito idealizado de eles próprios como seres completos e omnipotentes, desejo de se duplicarem, desejo que o filho corresponda aos ideais e, ainda, a ideia que o filho encerre relações anteriores falhadas.
Esta panóplia de observações não corrobora com a emancipação do corpo, da busca pelo prazer, da sexualidade e a construção do acto de pensar dos homens e das mulheres.
Dadas as circunstâncias políticas e económicas do país, este referendo foi desnecessário, descabido, de afirmação política e folclórico. No âmbito da CRP (Constituição da República Portuguesa), e em consonância com os seus princípios, uma despenalização faz sentido ser discutida em Assembleia. Os debates públicos sucessivos, somente acentuaram que a mulher continua a ser um objecto que serve o capitalismo e os meandros da máquina social.
Dadas as circunstâncias políticas e económicas do país, este referendo foi desnecessário, descabido, de afirmação política e folclórico. No âmbito da CRP (Constituição da República Portuguesa), e em consonância com os seus princípios, uma despenalização faz sentido ser discutida em Assembleia. Os debates públicos sucessivos, somente acentuaram que a mulher continua a ser um objecto que serve o capitalismo e os meandros da máquina social.
Polyphonie Sauvage
Aos amores impossíveis, submissos, incertos, armadilhados, eternos enquanto duram, triunfais, pacificadores, sufocadores, sublimes, divinos, excêntricos, frenéticos, fatais, sangrentos, obsessivos, irrepetíveis, absurdos, gulosos, esquizofrénicos, ideais, imaturos, tranquilos, hediondos, sofredores, vividos, passados, renovados, únicos, ao meu amor, ao teu amor, ao nosso amor, ao vosso amor. “Hoje é dia dos cretinos!”
Em Polyphonie Sauvage, Tom Tom Club em refresh funky mode com Genius of Love. Recordam-se?
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Surrealismo Português
Mário Cesariny, homem das artes e da palavra vai ser homenageado na ArtMadrid, que decorre entre os dias 15 e 19 no Palácio de Cristal. A exposição conta com cento e doze quadros e dois filmes inéditos sobre a vida e obra de Mário Cesariny, o pintor e surrealista. A iniciativa é promovida pela Perve Galeria que expõe obras de diferentes períodos da obra de Cesariny, representativas do seu percurso artístico desde 1949, data da primeira exposição surrealista em Portugal, até às últimas obras. Os dois documentários a exibir na Feira foram realizados pelo galerista Carlos Cabral Nunes e intitulam-se: «Cesariny», com alguns episódios da vida do poeta, marcada pela originalidade, e o documentário «...e o passeio do cadáver esquisito», que coloca em cena o processo que levou ao reencontro das três grandes figuras incontornáveis do surrealismo em Portugal, Cesariny, Cruzeiro Seixas, Fernando José Francisco. A Perve Galeria vai igualmente promover a obra de artistas dos países de expressão oficial portuguesa no âmbito do surrealismo, como Malangatana, Manuel Figueira, Reinata e Shikhani.
A Vitória do Capitalismo às 10 Semanas
Não é de estranhar, numa retórica clássica, que os Deuses ficaram furiosos com os resultados de ontem e andaram a tremelicar terras lusas, e precisamente, nas zonas geográficas onde o SIM se manifestou categoricamente. Coincidências ou não, é conveniente não deduzir quaisquer conclusões daquela gente que foi “coisa”, que se tornou um ser cívico e ousa ser sindicalista ou, de falsa esquerda, e celebram a vitória do SIM com champagne. A clandestinidade mental desta gente passa por fazer do referendo um acto divertido. Por isso, posso incentivar a realizarem por cada aborto cometido uma festa e para a malta catraia uma rave. A gaja aborta e celebra-se, soltam-se os foguetes, a malta pula e salta, batem palmas, andam aos pinotes, se for preciso fazem mosh para o meio da plateia, os amigos mais próximos brindam, gritam-se palavras inaudíveis e até se chora de emoção. Desrespeito por desrespeito pela mulher, e pela vida, e face à instalação de clínicas privadas abortadeiras, o BES já deve estar a planear, para quem não tem pais ricos, e não ganhou a lotaria, o empréstimo ao aborto.
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Saúde pela Hora da Morte
Estou muitíssimo admirada com o Governo socialista, porque ainda não se lembrou de implementar uma medida Ultra-Simplex, para combater a despesa do Sistema Nacional de Saúde. Uma medida viável e eficaz a curto e a longo prazo. Há que propor que os doentes internados, habituados a cuidados intensivos, ligeiros, cama e roupa lavada, cumpram com as suas obrigações laborais, como se vê na foto, reduzindo deste modo, os recursos humanos de cada unidade hospitalar do país. Evidentemente já não se queixavam por falta de macas…
Soares Faz Birra
Parece que aquele programazinho “Grandes Portugueses” não é do agrado do Doutor Mário Soares, "disparate de princípio ao fim". É antipático e aborrecido que as descrições dos feitos democráticos do Doutor Mário Soares, tão bem ensinados e incutidos nas cabecinhas dos jovens portugueses no sistema de ensino no âmbito da História Contemporânea Portuguesa, conferiram-lhe uma existência bastante redutora, é que nem nos 10 primeiros o ronronante imbecil se encontra!
domingo, fevereiro 04, 2007
O Mundo Ainda É Dos Homens?
Honra seja feita a Mary Shelley com a sua frase: "I do not wish women to have power over man, but over themselves”. Num mundo invertido, considero escandaloso, uma categórica cretinice, uma asquerosa malevolência do ignorante, do doente mental, do perverso maquiavélico e do institucionalista, que compõem a panóplia dos GAP (Gajos Agarrados ao Pau), sabendo que, o tráfico de mulheres gera 25 milhões de euros e as medidas para combate-lo são escassas! E o tráfico de homens? Onde é que anda o tráfico sexual masculino? Será que existem relatórios divulgados? Obviamente que não! A inteligência elevada de uma mulher, no seu estado de juízo perfeito, não permite gastar um tusto com um gajo pois, “sexual pleasure in woman is a kind of magic spell, it demands complete abandon, if words or movements oppose the magic of caresses, the spell is broken.” Simone Beauvoir.
O Relógio de Domingo
1
A ausência é um espelho
É ele que te vê A face negra
que para ti abismo e infinita noite
desdobra
está tão perto que o seu
choro te molha
2
Esquece o espelho,
a memória que
cresce e morre, o dia
que copia a escuridão Daí
não há regresso Mas o
rosto sem luz vence-te
como se a vida visses com os olhos
da face enevoada
Gastão Cruz, As Pedras Negras
Aluações
Em nostalgia, o meu poema de eleição, "Lua Adversa", aos 12 anos de idade...
Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é o dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia
o outro desapareceu...
Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é o dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia
o outro desapareceu...
Cecília Meireles, Vaga Música
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
Economia da Defecção
O destino com certeza exerce uma forte influência nas nossas ideias e opiniões, pois juro solenemente, que não recebi dividendos, para estar em concordância com o CDS/PP, numa amplitude de sugestão de demissão daquela gente mercenária socialista incompetente. Tendo um ego-consciência existencialista e literário, recordo que Igor Stranvinsky, defendia os mistérios insondáveis de todos os trabalhos produzidos pelo homem. Afirmou que o dinheiro podia estar “cheio de ilusões, como quando substitui o valor intrínseco de um objecto ou de uma actividade, mas é igualmente um material para ser utilizado, como barro nas mãos de um escultor, para fazer um mundo e sustentar uma comunidade”. Uma frase que nos dias de hoje, é sequiosa de liberdade e autenticidade, uma vez que, o Ministro Manuel Pinho e o governo socialista optam por uma retórica, como sempre, enganadora, redutora, de uma economia de causa-efeito simplisa. Por tudo isto, creio que os salários dos portugueses e os excrementos não são metáforas tão inverosímeis assim. Passo a reflectir, os salários baixos oferecem a oportunidade única e invejável do apertanço ao meio do mês, do acordar às seis da manhã, meter os putos na escola, ir trabalhar, senão for desempregado, do endividamento, dos papos secos e latas de salsichas. Os excrementos fazem-nos voar para as teorias do Antigo Egipto, da fantasia heróica de auto-reprodução de escaravelhos que rolam numa bola de merda e, devido aos poderes mágicos advindos sei lá de onde, parece que se reproduzem imensos escaravelhinhos. Resumindo e baralhando, os salários baixos dos portugueses, em analogia ao resto da Europa, centram-se numa ideia tão antiga como a de grandiosidade e de um atractivo divino de investimento exterior, enquanto que, os excrementos é o que sobra aos portugueses. Ou seja, a cada português compete o ter de treinar a sua defecção, sem recorrerem aos iogurtes bifidus activos, na medida em que, é através da formação da vontade do corpo de aprender a reter e a soltar a excrementada, que os portugueses vão aprender a gastar e a poupar o salário medíocre que recebem, tudo isto, numa epopeia egipteniana de reprodução de escaravelhos até ao final do mês. O dinheiro é um objecto que me faz evocar esta ambivalência bipolar. Contudo, o que os antigos nos transmitiram é totalmente ignorado ou desconhecido. Quanto a mim, ainda me parece jeitoso e útil este princípio da obra, Arte e Socialismo, de William Morris, um visionário das artes e ofícios, do grafismo, da literatura, e um dos fundadores do movimento socialista em Inglaterra, “a cada homem disposto a trabalhar deveria ser garantido: em Primeiro lugar, um trabalho honrado e adequado; em Segundo, uma casa saudável e bela; em Terceiro, lazer total para o descanso da mente e do corpo”.
Ficções pela Câmara de Lisboa
Jornalista Aluada: Doutor Carmona Rodrigues, a questão que lhe coloco é a seguinte: o senhor candidatou-se ao cargo de Presidente da Câmara de Lisboa por amor ou por interesse?
Carmona Rodrigues: Bem, vamos lá ver... a cidade não pode parar e, acho que essas questões são sempre relativas e o veredicto é feito no dia eleições, que há-de ser só em finais de 2009. Temos um plano e orçamento para 2007 aprovado, em vigor, tivemos ontem uma reunião pública de Câmara em que foram aprovadas todas as propostas discutidas e portanto não há condições efectivas de pensar que não há condições de governar!
Jornalista Aluada: Doutor Carmona Rodrigues, a questão é simples, e o senhor não está a responder, peço-lhe que me diga, se se candidatou por amor, ou por interesse, ao cargo de Presidente da Câmara de Lisboa?
Carmona Rodrigues: parece-me claro que a cidade não pode parar e olho da mesma maneira para isso... Acho que essas questões são sempre relativas e o veredicto é feito no dia eleições, que há-de ser só em finais de 2009. A nossa equipa está unida, está sintonizada com a Assembleia Municipal, com o PSD, que nos elegeu para levar o mandato até ao fim, com firmeza e com determinação.
Jornalista Aluada: a mim parece-me claro que o senhor não quer responder à devida questão!
Carmona Rodrigues: garanto que efectivamente a cidade não pode parar, é um ponto acente. E o facto de me ter tornado Presidente da Câmara de Lisboa, é no fundo ter me tornado pouca coisa! Porque a verdade tem de vir sempre à superfície e coligações é um requisito preditor de fracasso. E não tenho chatices nenhumas, quem arranja chatices é a comunicação social e a baixota loira do cds. Por isso, creio que deve ter sido por amor, porque interesse propriamente dito... humm... vamos lá ver, epah a cidade não pode parar, e há condições para isso... pronto, admito que não tenho interesse nenhum na Câmara... epah é que nem um cadinho...
Ambientalistas Apelam a «Apagão» Entre as 18:55 e 19:00
Epah parece-me que Portugal é um candidato sério para aderir ao movimento do apagão, com e sem cegonha, face ao aumento da coisa e, se for preciso, o pessoal retorna ao relinchar da cama de luz apagada pró poupanço do bolso e da Terra.
Em Maré de Curtas
Corria o ano de 1982 e Tim Burton realizou o seu primeiro trabalho em slow motion, Vincent, que retrata um rapaz de 7 anos de idade, Vincent Malloy, que apenas desejava ser como Vincent Price. A narração fica a cargo de Price, um dos melhores actores de cinema de horror.
Balance, é a curta metragem de animação dos irmãos gémeos alemães Wolfgang e Christoph Lauenstein, foi galardoada com o Óscar de melhor curta de animação de 1989.
Se de um lado temos um mundo triste e cinzento, do outro, temos um inventor que vive de memórias da infância. More de Mark Osborne, é uma curta indicada para Óscar em 1999, e recebeu o Prêmio Especial do Júri de Curta Metragem do Festival Sundance.
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