quinta-feira, fevereiro 22, 2007

"O Desprezo É A Doença Mais Perigosa do Estado"

É de uma insolência lancinante a argumentação da actualidade política numerária “ainda não há qualquer decisão política final sobre a questão da rede de urgências”. A consideração pelo eleitorado passa pela providência da não abertura ao diálogo, da inexistência de explicações relativas à requalificação das urgências e, sem sombra de remorso, fazer do povinho otário e provinciano colocando em causa a qualidade de vida das pessoas.
A competência do Ministro da Saúde tem sido silenciar os autarcas com propostas de melhores transportes como uma forma de melhorar a acessibilidade às urgências. É notório que Correia de Campos, o despótico trapalhão, tem plena consciência onde se encontra geograficamente a população mais envelhecida de Portugal. Também revela um profundo conhecimento do território, da população dispersa, das particularidades das estradas do interior do país e, que a salvação de uma vida passa por uma questão de quilómetros e não de segundos. Até estou confiante que esta gente, alapada à capital, ao centralismo, vai apostar numa frota de helicópteros-ambulâncias bem apetrechados ao serviço da comunidade, mesmo porque, os recursos humanos vão aumentar no novo mapa das urgências. Aprecio que estes novos investimentos vão ser ainda mais dispendiosos justificando aquela máxima, mais dispendioso é bom. Já o Orçamento de Estado foi uma miragem.
Esta gente do povo sem grande granjeio, lá das terrinhas, possuem uma dinâmica económica reduzida e, o melhor, para este Governo, é mandá-los para uma espécie de matadouro virtual.

2 comentários:

Victor Figueiredo disse...

O povoamento disperso, mais tarde ou mais cedo, sai caro a um país... E quando a isso se junta um desinteresse no eleitorado aí radicado, então o bem-estar dessas populações fica comprometido.
Essa apreciação que fez a Correia de Campos, tem muito de verídico; ele próprio é proveniente de uma aldeia aqui perto de Viseu.

Anónimo disse...

idem todos para Espanha curar-se . carago!