O Cabeças com Asas este fim-de-semana reservou uma pequena surpresa para os leitores deste blogue. Aprovado pela APEL (Associação Putativa Escrito Leviana) proporcionamos este curso de Como ser um Escriboi ou uma Escrivaca em 5 Minutos. O curso e-learning, destina-se a todos aqueles que pretendem ser um escritor ontologicamente pós-moderno-fatela, reconhecido pelos media-labregos e público português outorgador.
Os requisitos mínimos necessários ao perfil de Escriboi(vaca) são os seguintes:
1 - Não usufrui e desconhece as capacidades encefálicas
2 - Ser irreversivelmente irritante;
3 - Não saber nada de nada;
4 - Refractário na trapaça;
5 - Acrobata pródigo na prosa plagiada;
6 - Pretensioso e não intelectual;
7 - Notoriedade pró imbecilidade;
8 - Hereditariedade intelectual manolo-francesa ou degeneração intelectual da América do Sul;
9 - Importação de referências literárias ocidentais de população feminina submissa como: Danielle Steel, Amanda Quick, Nora Roberts e os famosos romances-de-cordel da Harlequin;
10 - Ser licenciado pelas agruras, relações sexuais e sacanices que comete;
11 - Ter lido os Maias de Eça de Queirós no ensino Secundário;
12 - Ter lido aos 16 anos de idade o Memorial do Convento de José Saramago e achar-se capaz de escrever prodígios maiores (como o Dan Brown português);
13 - Dizer que o filho tem os olhos de cor de piscina (Rebelo Pinto);
14 – Possuir um léxico de 2000-3000 vocábulos;
15 - Obrigatório ter na prateleira maioritariamente livros da Oficina do Livro e do Tiago Rebelo, evidencie-se da Margarida Rebelo Pinto, ou travar conhecimento e profunda amizade com um garganta funda;
16 – Utilizar estratégias que desencadeiam a perda de tempo, escrevinhar a pensar no público não autónomo, não pensante;
17 – Ser abominável em termos literários para uma minoria;
18 - Desequilibrado, ninfomaníaca e psicopata;
19 – Ser esperto, de certo modo vender-se.
Primeira Prelecção
Ignorar de todo o conceito de inteligência e utilidade de um livro;
Segunda Prelecção
Escrevinhar com base na técnica proficiência ruminante indigente e prosa escassa segundo os métodos, passo a divulgar:
Os requisitos mínimos necessários ao perfil de Escriboi(vaca) são os seguintes:
1 - Não usufrui e desconhece as capacidades encefálicas
2 - Ser irreversivelmente irritante;
3 - Não saber nada de nada;
4 - Refractário na trapaça;
5 - Acrobata pródigo na prosa plagiada;
6 - Pretensioso e não intelectual;
7 - Notoriedade pró imbecilidade;
8 - Hereditariedade intelectual manolo-francesa ou degeneração intelectual da América do Sul;
9 - Importação de referências literárias ocidentais de população feminina submissa como: Danielle Steel, Amanda Quick, Nora Roberts e os famosos romances-de-cordel da Harlequin;
10 - Ser licenciado pelas agruras, relações sexuais e sacanices que comete;
11 - Ter lido os Maias de Eça de Queirós no ensino Secundário;
12 - Ter lido aos 16 anos de idade o Memorial do Convento de José Saramago e achar-se capaz de escrever prodígios maiores (como o Dan Brown português);
13 - Dizer que o filho tem os olhos de cor de piscina (Rebelo Pinto);
14 – Possuir um léxico de 2000-3000 vocábulos;
15 - Obrigatório ter na prateleira maioritariamente livros da Oficina do Livro e do Tiago Rebelo, evidencie-se da Margarida Rebelo Pinto, ou travar conhecimento e profunda amizade com um garganta funda;
16 – Utilizar estratégias que desencadeiam a perda de tempo, escrevinhar a pensar no público não autónomo, não pensante;
17 – Ser abominável em termos literários para uma minoria;
18 - Desequilibrado, ninfomaníaca e psicopata;
19 – Ser esperto, de certo modo vender-se.
Primeira Prelecção
Ignorar de todo o conceito de inteligência e utilidade de um livro;
Segunda Prelecção
Escrevinhar com base na técnica proficiência ruminante indigente e prosa escassa segundo os métodos, passo a divulgar:
- Diálogo de café;
- Colecção primavera/verão 2007 de luxo;
- Sentimentos em estado líquido e standardizados;
- Conselhos Cosmopolitan,
- Método de 3 em 3 parágrafos uma citação celebérrima;
- Método copy paste;
- Método selecção de obras integrais de autores norte-americanos.
Terceira Prelecção
O género literário deve ser susceptível de ter diversas designações tais como:
- Colecção primavera/verão 2007 de luxo;
- Sentimentos em estado líquido e standardizados;
- Conselhos Cosmopolitan,
- Método de 3 em 3 parágrafos uma citação celebérrima;
- Método copy paste;
- Método selecção de obras integrais de autores norte-americanos.
Terceira Prelecção
O género literário deve ser susceptível de ter diversas designações tais como:
- Ficção;
- Não ficção;
- Ficção não não ficção;
- Não ficção garganta funda;
- Literatura light;
- Romance coitus interruptus;
- Novelas clinex.
Quarta Prelecção
Escrevinhar uma obra literária totalmente péssima, aldrabada, insensata, deprimente, repleta de gajas não carismáticas, muito non-sense, cheia de Don Juans, amantes, homens ricos, homens fashions, cabrões, coitadinhas e coitadinhos.
Escrevinhar de acordo com a pequenez do povo imitador, que lê o que lhe é imposto e incutido. Partir do princípio que o público é otário.
Quinta Prelecção
A temática e o enredo devem ser simples, redundante, supérfluo e ejaculatório. Centrar-se em latentes projecções pessoais e teores libidinais no limiar do pornográfico, poligamias expressas, triângulos amorosos, centros de estética, bons restaurantes e hotéis, coca, uísque de 20 anos ou mais, viagens, novos-ricos, famílias tradicionais, putas, escândalos, má sorte e mau olhado, prejudicar outrem, promoções profissionais a custo zero, depressão, morte de figuras públicas, factos políticos inexplicáveis, pinceladas de eventos culturais e fenómenos sociais não científicos.
Nota, se pretende um modelo científico tipo Clara Pinto Correia, há que plagiar um americano. Caso eleja um modelo Clara Ferreira Alves, há que manter relações fluido-nhanhosas com pseudo intelectuais, políticos, editores, jornalistas, passar sempre a mão no ombro da velhada e citar uns quantos gajos que a maioria do público desconhece, deste modo, sem hipótese para cometer erro.
Sexta Prelecção
Escrevinhar como se fosse uma elocução oral, utilizar as mesmas palavras de 3 em 3 parágrafos, esquecer os nomes das personagens e o enredo.
Predominação de frases sem conteúdo semântico para encher chouriço e, para traduzir uma ideia quanto ao modo, disposição e maneira, empregar de 2 em 2 frases, o sufixo adverbial “-mente” (amavelmente, habitualmente, facilmente, lindamente…) como o Miguel Sousa Tavares. A gramática é dispensável porque ignorantia differt ab errore. A vulgaridade é necessária, as ordinarices são empregues para dar ênfase à coisa. A descrição das personagens é nula ou pormenorizada de maneira a que cada personagem corresponda a um capítulo.
Sétima e Última Prelecção
Não fazer uma revisão do original. Enviar para o editor amigo, uma mão lava a outra, uma prestação de um favor há muito pedido. Marcar a reunião, trocar dois dedos de conversa e fluídos. Solução de recurso, pagar do seu bolsito a própria edição.
- Não ficção;
- Ficção não não ficção;
- Não ficção garganta funda;
- Literatura light;
- Romance coitus interruptus;
- Novelas clinex.
Quarta Prelecção
Escrevinhar uma obra literária totalmente péssima, aldrabada, insensata, deprimente, repleta de gajas não carismáticas, muito non-sense, cheia de Don Juans, amantes, homens ricos, homens fashions, cabrões, coitadinhas e coitadinhos.
Escrevinhar de acordo com a pequenez do povo imitador, que lê o que lhe é imposto e incutido. Partir do princípio que o público é otário.
Quinta Prelecção
A temática e o enredo devem ser simples, redundante, supérfluo e ejaculatório. Centrar-se em latentes projecções pessoais e teores libidinais no limiar do pornográfico, poligamias expressas, triângulos amorosos, centros de estética, bons restaurantes e hotéis, coca, uísque de 20 anos ou mais, viagens, novos-ricos, famílias tradicionais, putas, escândalos, má sorte e mau olhado, prejudicar outrem, promoções profissionais a custo zero, depressão, morte de figuras públicas, factos políticos inexplicáveis, pinceladas de eventos culturais e fenómenos sociais não científicos.
Nota, se pretende um modelo científico tipo Clara Pinto Correia, há que plagiar um americano. Caso eleja um modelo Clara Ferreira Alves, há que manter relações fluido-nhanhosas com pseudo intelectuais, políticos, editores, jornalistas, passar sempre a mão no ombro da velhada e citar uns quantos gajos que a maioria do público desconhece, deste modo, sem hipótese para cometer erro.
Sexta Prelecção
Escrevinhar como se fosse uma elocução oral, utilizar as mesmas palavras de 3 em 3 parágrafos, esquecer os nomes das personagens e o enredo.
Predominação de frases sem conteúdo semântico para encher chouriço e, para traduzir uma ideia quanto ao modo, disposição e maneira, empregar de 2 em 2 frases, o sufixo adverbial “-mente” (amavelmente, habitualmente, facilmente, lindamente…) como o Miguel Sousa Tavares. A gramática é dispensável porque ignorantia differt ab errore. A vulgaridade é necessária, as ordinarices são empregues para dar ênfase à coisa. A descrição das personagens é nula ou pormenorizada de maneira a que cada personagem corresponda a um capítulo.
Sétima e Última Prelecção
Não fazer uma revisão do original. Enviar para o editor amigo, uma mão lava a outra, uma prestação de um favor há muito pedido. Marcar a reunião, trocar dois dedos de conversa e fluídos. Solução de recurso, pagar do seu bolsito a própria edição.
No próximo fim-de-semana não percam mais um curso e-learning sobre lançamentos e comercialização das obras literárias dos Escribois e das Escrivacas com o patrocínio do onanismo literário.
11 comentários:
Neste espaço de lados iguais e simétricos entre sim, em que todos os lados são idênticos mas não iguais (já que um fica a nascente e outro a poente, e dado o exemplo acima referido não são nem de perto nem de longe nem de lado parecidos sequer) redijo o meu afrontamente por este posto.
Aliás, tenho uma pergunta, és escritora?
por outros caminhos, é certo, eventualmente mesmo contrários aos que descreve, mas...você ainda um dia destes corre o risco de escrever um livro.
quem a avisa não será necessariamente seu amigo. conhece é o meio.
acautele-se: anda aí uma praga a destruir árvores...
:)
Muito bom! E já agora, para quando o teu livro?
Nice. Very Nice. A Great Kiss. OK? Nice. Very Nice.
Broa andas em comments triangulares, pois dizem que quase tudo na vida é composto por extremos e ao longe um equilíbrio. Ai que ele ficou com a broa tostada!!! :P Queres tmambém deixar-me afrontada ou quê? ;)
Não, não sou escritora, tenho é um amor por livros e uma paixão aguda por determinados escritores, ler é um dos meus prazeres. Os panfletos do Lidl é só para aquela questão que já sabes. :P
Anónimo,
se um dia correr esse risco devo-o ao meu animus e igualmente porque atingi maturidade na escrita, bem como, anulei o meu lado caprichoso. Caso contrário, fica na gaveta guardado com um laço rouge de veludo em memórias ultra-românticas.
Do ponto de vista ecológico e psíquico a praga e os distúrbios literários vieram para ficar. O primeiro facto podia se resolver se as papeleiras baixassem o custo do papel recíclado com qualidade, o segundo facto não tem solução, é uma escolha do pessoal. ;)
Para mim,
obrigada pelo reconhecimento e pela assiduidade no Cabeças. Um livro… é uma questão pendente. Queres candidatar-te ao prefácio? :P
Oh my goth! Thank you, thank you, thank you so much a que horas!!! :))
Gostei desse inovador bater de asas…
LOL
esclarecido.
Mas por trépidos olhares por entre as lombadas dos compêndios de estórias e sabedoria pressinto borbulhosos terrenos sinuosos de temas e prafácios ambíguos.
Tudo isto para dizer que o miolo ficou cozido!
E que merda é esta de escrever estórias em vez de histórias? E não me digam que á para diferenciar de História...
Quem inventou isto é povo que nos quer mal!
Hehe loooool!
Ta bom..!
Kisses!
Da tua sobrinha!
Sobrinha, minha sobrinha adorável vai fazer os TPC. ;)
Big sugar kiss! :))
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