domingo, abril 22, 2007

A Insuficiência da Nossa Expressão e os Livros

John Singer Sargent
Mesmo antes de ter consciência de mim, os livros já faziam parte da minha vida. Não foi uma escolha, foi uma imposição do que chamamos destino, e tornou-se um vício desde que me leram a primeira história. Apercebi-me desde cedo que as histórias dos livros possuem um gigantesco poder no nosso universo psíquico. As histórias como a poesia são mais do que pura lógica ou qualquer explicação pela razão do ego. Elas engendram um vidro borboleta de emoções, sentimentos, sonhos, questões, idealizações, interpretações e anseios que ajudam a regenerar o nosso mundo imagético. Orientam-nos para a complexidade da vida, para descortinar e valorizar o que é simples e encantado. As histórias dos livros, permitem-nos compreender a necessidade de um arquétipo submerso e, os modos de o fazer emergir através dos seus significados ocultos que passamos a atribuir.
Não celebrando mundializações, reconheço antes, que as histórias dos livros provocam pequenas metamorfoses maravilhas no nosso continente pessoal. São um mapa precioso que nos auxilia a entender o continente “selvagem” dos que nos rodeiam.

Não há Fragata como um Livro
Para nos levar a Terras longínquas
Nem Corcéis como uma Página
De saltitante Poesia –
Esta Travessia pode o mais pobre tomar
Sem opressão de Portagem –
Quão frugal é o Coche
Que carrega a alma Humana.
Emily Dickinson

1 comentário:

Barão da Tróia II disse...

Hoje é dia do livro aproveitem para ler qualquer coisa, boa semana