Se Karl Marx teorizou uma economia para o fetiche, a minha aparente obsessão é uma teorização da literatura para o fetiche. Lembram-se do Rocha?
Pois bem, pelas ondas radiofónicas o Luís Miguel Rocha, o autor de “O Último Papa”, que vive da escrita, é um protegido do Vaticano, e assume que tem uma espécie de pacto. À luz da teoria da conspiração, apercebi-me que o Vaticano é o símbolo e a imagem da Besta, e o “escritor” Rocha, um dos sete cavaleiros do Apocalipse, visto que, aos olhos da divindade, a actividade de um presunçoso está efectivamente pactuada com a Besta. O Juízo Final neste mundo pequeno do mercado literário português, é uma espécie de bipolarização anedótica. O estado maníaco é inerente a um beltrano, de sucesso internacional supostamente, que promete em linguagem profética um segundo livro arrebatador que leva ao terminus do pacto com a Igreja, e ao arrependimento amargurado do seu silêncio e obscurantismo dos cabecilhas que rolam em torno de um squash celestial. O estado depressivo, é o zunzum que se instala, da possibilidade mórbida do Rocha, numa alucinação de novo Messias das trevas, implementar uma editora literária ou gargantas-fundas bígamos on action. Este é o sinal olímpico que encontro para o arrependimento dos pecados que não cometo.
3 comentários:
Outra vez o Rocha?! Num país tão rico em personagens que se esfalfam a trabalhar para decorar estantes e alimentar disertações embutidas num quotidiano pakanóviano, tão cheio de artistas plásticos que entulham rotundas e àtrios de obras públicas com a sua arte, que pintam a metro e depressa para galerias de gente amiga bem relacionada com o partido inteiro que é este país... mais uma vez o Rocha! Porquê o Rocha? Acaso a Igreja te está a encostar à parede e ou falas assim ou és obrigada para todo o sempre a ler a Margarida?! Se é o caso, dá-me um sinal que eu mando-te uma mensagem. Belzebu, não passará!
Eu pecava contigo pecava mas tu não queres e eu insisto!
LOL, outra vez o mesmo :) Acho que vou ler o livro só para vir para aqui mandar labaredas.
Mas, a primeira coisa que salta à vista é eu só ouvir falar do livro neste blog, o que me leva a pensar que foi um flop.
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