sexta-feira, setembro 22, 2006

Votações Com Asas - I


As Votações com Asas “Este Verão não posso deixar de ler?” encontram-se encerradas. Agradecemos a participação de todos os fiéis leitores e votantes do mirabolante Cabeças Com Asas. Após exaustivas análises estatísticas, exploratórias, comparativas e aplicação de testes não paramétricos apurou-se que o livro escolhido e predilecto para a época balnear 2006 é nada mais, nada menos que: Amar depois Amar-te da pitu, pitu Fátima Lopes. O resultado levou-nos a desenvolver diversas conclusões pressupostas:

1ª - Os leitores deste blogue são na sua maioria indivíduos do sexo feminino com tendências depressivas e que frequentam o CCB;

2ª - Os leitores deste blogue são espectadores assíduos das manhãs da SIC que exercem actividades domésticas ou pura mariconice;

3ª - Os leitores deste blogue nunca ousaram ler um livro na sua humilde existência (os livros escolares não contam para efeitos de análise);

4ª - Os leitores deste blogue ignoram por completo a utilidade de um bom livro e gozam de uma bagagem de 3000 ou 4000 vocábulos;

5ª - Os leitores deste blogue estão a marimbar-se para a cultura proeminente do país;

6ª - Os leitores deste blogue consideraram as restantes opções indigentes e lerdas;

7ª - Os leitores deste blogue votaram numa merda qualquer porque sim;

8ª - Os leitores deste blogue votam de acordo com a prosa bronca, mentecapta e destemperada da Nevrótica Aluada;

9ª - Os leitores deste blogue são uma corja de gente simpática, atenciosa, assertiva, intrépida e sabedores da arte zombeteira.

Note-se, que todos os participantes ganharam uma enciclopédia da História da Literatura Universal em 20 volumes, em hardcover, forrada a couro bordou, com alto-relevo e letra dourada e, com a chancela efectiva de Eça de Queirós, Carlos Mayer, Guerra Junqueiro, António Cândido, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, Carlos Lobo d'Ávila, conde de Arnoso, Marquês de Soveral e Conde de Ficalho. Uma enciclopédia de extremo bom gosto, requintada e que ornamenta qualquer sala-de-estar ou biblioteca, todavia, ainda no prelo sem data prevista.

11 comentários:

1/2Kg de Broa disse...

Deve-se concluir também que quem não lê livros também táss a cagar para um inquérito sobre eles, mas vota no codigo da vinci porque, e passo a citar: "a modos que, prontos, num é?"

Anónimo disse...

A culpa não é de Fátima, mas de quem a publica, a culpa não é do Saraiva, mas de quem o publica, a culpa não é dos autores medíocres que estão no mercado, mas de quem os publica. A culpa não é dos ilustradores, mas de quem faz com que uma estante com mais de cem livros se pareça mais com um cacho de bananas assim misturado com nesperas e morangos do que propriamente com um caudal coerente de cultura. Aliás, a culpa desta merda toda é da geração de 76, toda ela, medíocre, iletrada e eivada do novo-riquismo mais pernicioso e nefasto. Não fosse esta triste geração e Portugal estaria a prosperar. Porém, a esperança não morre e ainda iremos a tempo de ver o que é que aqueles que aprenderam português a comentar reality shows farão a seguir. Será deveras auspicioso e redondamente conducente com a teoria evolucionista relacionada com as questãoes que se prendem com a ontogénese e f filogénese. E não me venham agora com tretas porque é quase certinho que vocês até gostaram muito de debater os diálogos do Zé Maria com as galinhas.

Anónimo disse...

fp
Ó fp...
Na escolinha não tiveste que levar com O Sermão de Santo António aos Peixes do Padre António Vieira?
Não levantes ondas, deixa-te mas é de merdas e de dar idéias ou os teus filhos, para além do sermão dos peixes, ainda vão ter que levar com "O Sermão do Zé Maria às Galinhas" de Nuno Nodin com prefácio de José Eduardo Moniz e mais umas "bocas" da Manela Moura Guedes na contracapa.

Nevrótica Aluada disse...

Broa, fica sempre bem no perfil dizer que se leu o Código, a Descodificação, a Conspiração e o raio que parta, demonstra que o pessoal é fashion, tal como, usa a cor caqui, fúchsia e tijolo e que aprecia sushi. É outro nível... :P

Nevrótica Aluada disse...

FP, não creio que o cerne da questão é um problema de geração. Creio que parte da causa atribui-se a vários indivíduos que fazem questão que o acesso à cultura seja elitista, havendo uma contínua evolução da cultura massificada e, que permita, a alienação da realidade social e económica. Além disso, uma cultura, quase que maligna, igualmente se prende com condicionantes pedagógicas e didácticas, não se estimula o despertar, nem se concede liberdade para a “arte do espírito”. Observe-se também que nos tempos hodiernos a “cultura” é um negócio como outro qualquer, se existe um mercado de consumidores dispostos a comprar, consequentemente, existe oferta. E se uns discutem os diálogos do Zé com as galinhas, outros sempre podem ler La Fontaine. ;)

Nevrótica Aluada disse...

Yulunga, desde pequenina que sempre tive suspeitas proféticas que as crenças messiânicas, o mito do Quinto Império, como as visões do Padre António Vieira e do Fernando Pessoa se resumiam a outro grande império chamado média capital. :P

1/2Kg de Broa disse...

Já por isso no meu perfil aparece os folhetos do Lidl nas publicações preferidas. Fora isso não sei que é fuschia e caqui. Mas que se lixe, eu sou culto porque vejo o telejornal da TVI

Anónimo disse...

Yulunga

Podes assim repetir mais um bocadinho, ou melhor, reformular a questão, pois eu não entendi com clareza o teu verbo de incisão quase tão cortante como as intervenções do Marques Mendes no Parlamento? Será que não podes cuidar melhor do português de forma a que eu possa entender realmente o que vai nas entrelinhas da tua alminha (já que estamos numa de diminutivos...)? É que, no meu caso, o recurso à hermenêutica apenas se impõe com coisas que valham minimamente a pena, o que, definitivamente, não é o teu caso.

Paciência!

Nevrótica Aluada disse...

Broa, gosto muitos dos panfletos de supermercado, é a minha leitura predilecta de wc, visto que o meu mau feitio leva-me a ser uma beca presa da coisa. Qual levedura, cházinhos, fibras de pacote, iogurtes pró relógio biológico, diuréticos, não troco os panfletos por nada! :P

Vá lá... não sabes o que é fúchsia ou caqui, o vírus da metrossexualidade ainda não chegou às terras altas... ;)

Anónimo disse...

ai que caraças, já não acompanho esta verborreia, só compreendi mesmo metrosexualidade, é aquele jornaleco que oferecem no metro e usas como mantinha quando dás uma queca intelectual?? já os meus antepassados utilizavam jornal para fins higiénicos.

Nevrótica Aluada disse...

Ó R, estás enganado... no metro ando com um livrinho e quando dou uma queca intelectual é sempre em cima de literatura erótica... e jornal só o Público para fins digestivos.