quarta-feira, setembro 06, 2006

Família Spot Bancário & Plástico Status

Sem romancear os factos… encontram-se sempre desculpas para um bilhete de férias com as individualidades que andam lá por casa. Férias essas que coexistem com os devaneios de rever gente que, em alguma circunstância, se gerou por equívoco um grau de parentesco que nos une lá para as eternidades da nossa esperança média de vida.

Os dias de el dolce faire niente são ataviados por um protocolo de almocinhos, cházinhos e jantarzinhos com criaturas de contacto dúbio, que usualmente são reencontradas nos casamentos, funerais ou, em concelho económico, com hora marcada para a lamentação e cravanço puro e duro.

Na realidade férias na terrinha, na cidadezinha, tratam-se de sessões de hipocrisia desenvolvidas por abutres e copistas que efectuam uma avaliação económica dos bens móveis e suposições quanto aos imóveis. Inclui também uma consulta raio laser anatómica, seguido do melhor sorriso conseguido às prestações no dentista. Acrescente-se uma catadupa de dietas, operações estica-estica, silicone, apuramentos competitivos quase nipónicos sobre os graus académicos, distorções de savoir-vivre, discussões, futurologias do próximo a casar e, do próximo a morrer e, ainda, uma selecção exaustiva da última moradia terrestre ao fechar dos olhos.
Se a fé move montanhas, nesta caso, a fé não permite um estado de mudança. Condenado é aquele que não mantêm o carácter sagrado do trunfo da família entediante numerosa e de imbecilidade refinada.
A única coisa que constato é que as maiorias, sejam elas quais forem, acabam por ir para o galheiro ou, ficamos mudos desconcertantes.

1 comentário:

Barão da Tróia II disse...

Na Mouche! Gostei.