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Os dias de el dolce faire niente são ataviados por um protocolo de almocinhos, cházinhos e jantarzinhos com criaturas de contacto dúbio, que usualmente são reencontradas nos casamentos, funerais ou, em concelho económico, com hora marcada para a lamentação e cravanço puro e duro.
Na realidade férias na terrinha, na cidadezinha, tratam-se de sessões de hipocrisia desenvolvidas por abutres e copistas que efectuam uma avaliação económica dos bens móveis e suposições quanto aos imóveis. Inclui também uma consulta raio laser anatómica, seguido do melhor sorriso conseguido às prestações no dentista. Acrescente-se uma catadupa de dietas, operações estica-estica, silicone, apuramentos competitivos quase nipónicos sobre os graus académicos, distorções de savoir-vivre, discussões, futurologias do próximo a casar e, do próximo a morrer e, ainda, uma selecção exaustiva da última moradia terrestre ao fechar dos olhos.
Se a fé move montanhas, nesta caso, a fé não permite um estado de mudança. Condenado é aquele que não mantêm o carácter sagrado do trunfo da família entediante numerosa e de imbecilidade refinada.
A única coisa que constato é que as maiorias, sejam elas quais forem, acabam por ir para o galheiro ou, ficamos mudos desconcertantes.
1 comentário:
Na Mouche! Gostei.
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