A não esquecer... comprar a última edição do Independente e arquivar um fragmento importante da História da Imprensa Portuguesa.
O semanário que surgiu nas bancas em Maio de 1988, dirigido por Paulo Portas, que iniciara a sua carreira jornalística no Tempo, dedicando-se plenamente ao jornalismo político, e por Miguel Esteves Cardoso, um sociólogo portador de uma linguagem inovadora, asseguraram o êxito de um jornal de direita que alcançou elevadas tiragens, caracterizado por fazer primeiras páginas com casos que envolviam personalidades da vida política, apresentando-os de forma sensacionalista e agressiva, tem a sua sentença de termo na próxima sexta-feira declarada por Inês Serra Lopes à redacção.
Fica o registo que O Independente encetou e desempenhou um papel relevante no jornalismo político de investigação, destacam-se algumas “estrelas” temporárias Vasco Pulido Valente e Helena Sanches Osório que introduziu no nosso país o jornalismo de investigação inexistente até ai, derrubando ministros e altos funcionários, o que veio a incrementar as vendas e as tiragens, conquistando o postulado da irreverência na década de 90 e um lugar meritório na imprensa portuguesa sob a fenda de Gutenberg.
2 comentários:
um adeus com algum sentimento ao independente.
Um jornal que teve a sua altura… outros surgirão, espera-se, com qualidade ou não.
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