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Uns dias antes, ou uns dias depois, do meu aniversário, reduzo a minha vida interior ao mundo mental de ideias e pensamentos e, ao mesmo tempo, reduzo o mundo exterior a qualquer coisa que possa ser pesada e medida. Numa espécie de síndrome neurótica, faço o luto da morte da infância sob os desígnios de um povo pequeno. Do outro lado, existe uma magnanimidade melodramática, percepciono o conflito entre o anseio pelo crescimento, pela liberdade e a minha incapacidade, ou recusa, de pagar o preço de um sofrimento que desafia a supremacia das exigências do ego. É intraduzível a vivência divina das nossas limitações, o quão difícil é sermos só uma pessoa. Aos 20 e poucos anos de idade, quero preferir e aprender a viver em muitos níveis ao mesmo tempo, do que reduzir a experiência a convicções ingénuas ou a um cepticismo superior, aprender a viver em muitos níveis através de uma inteligência moderna e com a minha consciência de uma ordem mística ou preternatural.
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