Em conversas madrugadoras com um amigo homossexual, questionei-o acerca da despenalização do aborto. O bicho considerou que é desesperante e denota uma certa torpeza a forma como a sociedade está a lidar com o referendo do próximo dia 11 de Fevereiro, face às perspectivas encavalitadas, e pouco instruídas que são dinamizadas pelos meios de comunicação. Acrescentou também, que os heterossexuais não estavam a alcançar de todo o âmago da controvérsia que se centra, tanto no antecedente, como no consequente, visto que, as coisas quando são observadas à lupa parecem sempre um pouco maior do que aquilo que são e, a questão, passa simplesmente pela banalização da foda.
Sem reservas, multiplicou-se uma série de dúvidas patrocinadas por Jack Daniels que atacava os meus neurónios menos aptos da minha adorada mente megalomaníaca. Se estamos perante um problema de banalização da foda eu pergunto: será que devemos legalizar e legitimar o direito à foda banal? Será a foda banal uma irresponsabilidade? Um desenvolvimento moral fungoso de um estádio 5 não superado? Um direito do maior interesse cívico? Um dever de todo o cidadão nacional? Será a foda banal uma forma de liberdade de expressão artística? Por uma dezena de fodas banais por dia, a mulher deve ser considerada uma devassa? Será constituída arguida? É uma questão de vandalismo e ausência de dignidade sobre o corpo humano? Será uma questão de egoísmo? Deus ficará chateado connosco? A foda banal norteia-se por alguma espécie de ética e valores? É um tipo de influência social? Portugal reúne as condições psico-sociais e as infra-estruturas necessárias para a banalização da foda? Não terão os portugueses de ir dar fodas banais a Espanha? Ou dá-las em escapadinhas esconde-esconde sob uma configuração reprimida? O 25 de Abril proclamava o direito à liberdade e garantia da foda banal? Deve ser comparticipada pelo sistema nacional de saúde? Os adolescentes devem ter acções de planeamento familiar sobre a foda banal? A instrução pedagógica nas escolas portuguesas de como dar uma foda banal correctamente deve ser aprovada? A intrução deve ser dada em inglês aos discentes? Pois...
A realidade das ruas tem uma ressonância curiosa sob ângulos freudianos e primitivos, muitas das acções humanas têm um carácter fálico, e com ou sem despenalização, o facto é que uma mulher “fá-lo-á”.
Sem reservas, multiplicou-se uma série de dúvidas patrocinadas por Jack Daniels que atacava os meus neurónios menos aptos da minha adorada mente megalomaníaca. Se estamos perante um problema de banalização da foda eu pergunto: será que devemos legalizar e legitimar o direito à foda banal? Será a foda banal uma irresponsabilidade? Um desenvolvimento moral fungoso de um estádio 5 não superado? Um direito do maior interesse cívico? Um dever de todo o cidadão nacional? Será a foda banal uma forma de liberdade de expressão artística? Por uma dezena de fodas banais por dia, a mulher deve ser considerada uma devassa? Será constituída arguida? É uma questão de vandalismo e ausência de dignidade sobre o corpo humano? Será uma questão de egoísmo? Deus ficará chateado connosco? A foda banal norteia-se por alguma espécie de ética e valores? É um tipo de influência social? Portugal reúne as condições psico-sociais e as infra-estruturas necessárias para a banalização da foda? Não terão os portugueses de ir dar fodas banais a Espanha? Ou dá-las em escapadinhas esconde-esconde sob uma configuração reprimida? O 25 de Abril proclamava o direito à liberdade e garantia da foda banal? Deve ser comparticipada pelo sistema nacional de saúde? Os adolescentes devem ter acções de planeamento familiar sobre a foda banal? A instrução pedagógica nas escolas portuguesas de como dar uma foda banal correctamente deve ser aprovada? A intrução deve ser dada em inglês aos discentes? Pois...
A realidade das ruas tem uma ressonância curiosa sob ângulos freudianos e primitivos, muitas das acções humanas têm um carácter fálico, e com ou sem despenalização, o facto é que uma mulher “fá-lo-á”.
2 comentários:
Vejamos, sendo o aborto despenalizado diz-se que as mulheres vão fazê-lo "sem controlo". Eu não acho o aborto uma coisa agradável de se fazer! Deve deixar muitas marcas (físicas e psicológicas). Sinceramente, posso estar errado, mas o que conta é a mentalidade e uma mulher, lá porque o aborto é permitido, não vai dar umas cãimbradas durante 2 meses sem usar preservativo por ser melhor, só porque depois pode fazer um aborto - Que não faço ideia de quanto vai custar mas deve ser mais caro e mais chato do que a pílula, mas se for preciso ficar em fila de espera para a operação... estão fodidas outra vez.
Este referendo deveria ser precedido de um outro: Sim ou não à criminalização da hipócrisia!
Sendo a hipócrisia crime, deveria ser despenalizado?
O hipócrita deveria poder votar no referendo sobre o aborto? È que se não, é bem provável que se tivesse que fazer abortar o referendo!
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