Lugares sagrados, lugares em que se reconhece uma antiga quietude, lugares providos de uma atmosfera eléctrica – perpétuo fluxo existencial. Os sentidos são accionados. Percepciona-se a imagem, a cor, o som, o espaço, a atmosfera, o cheiro. As raízes são afundadas pelo amplexo sagrado. A religião é um sintético desejo latente para uma sensação física de êxtase.
Sabemos que o sexo é expressamente físico e, de uma forma implícita espiritual. A relação íntima dos corpos possui uma transcendência inata, intimista e única que supera as consecutivas tentativas manipuladores de a entender e controlar. É a partir desta relação, que se pode esboçar, uma fronteira comum com a religião. Entre o sexo e a espiritualidade existe uma conexão intensa e afectiva, que vive numa circunferência encoberta ou inconsciente.
À sombra da religião, o sexo conduz-nos a questões basilares interpessoais do quotidiano e formas de estar: prazer, amor, casamento, concepção. O ser humano a dado momento da sua existência miserável, procura entender a sua sexualidade, ir ao encontro do seu significado, das visões e dos valores. O sexo é um impulsionador criativo de vida quer espiritual, quer física. Por isso, há que responder às pulsões, aos ímpetos apaixonantes, a tentações ardentes e, usar a imaginação erótica. A sexualidade tem o condão de ser eternamente procriadora de relações, uniões e famílias.
À sombra do sexo, a religião é uma bússola interior que permite atingir a reflexão intrínseca e extrínseca. O vértice da religião e do sexo suscita questões que são geradoras de ansiedades, de desejos que incendeiam e susceptíveis de serem aliados à fantasia. Por exemplo, ao imaginar a relação de cada um com o divino, sendo esta uma solicitação de algumas tradições místicas, pode-se recorrer tanto a imagens de amor como de sexualidade. Com o recurso ao dialecto da religião é possível traduzir-se sensações de prazer.
É certo e sabido que a religião “oficial” (católica), reage de forma contrária. Adorna um palco mundial com preocupações de índole moralista. O sexo é encarado como pecado, excepto o sexo reprodutor. Tudo o que seja relativo à sexualidade é moralmente errado. É uma clara negação dos sentidos vitais, ignorar os chamamentos e dar lugar ao não prazer. Esta preocupação descomedida da Igreja, somente, reflecte o profundo envolvimento com o sexo. O moralismo ostentado oculta a ligação efectiva entre a religião e o sexo.
Por tudo isto, as criaturas não se deviam arrastar pela lama moralista mas sim, alcançar a espiritualidade e o significado da sexualidade, bem como, os prazeres sexuais na nossa religião. São dois lados da mesma moeda e ambos se defendem. A religião torna-se excessivamente espiritual. O sexo cai na suposição do puramente físico.
16 comentários:
Andaste a ler Bataille.
F P, não, li antes mitos eróticos Indianos Antigos e Medievais, passando pela Suméria Antiga e Egipto Antigo e, ainda, Persas, Inglês e Chinês medieval, entre outros... aliado a leituras sobre religião e tradições e costumes pagãos e espirituais.
Andaste a ler os textos Védicos e ainda passaste os olhinhos pelo Kama Sutra está visto, e fizeste tu senão bem.
Olha que este post em Sânscrito não ficava nada mal.
Sexo???...
Hoje já não estou em condições para ler isto! eheheh
Volto amanhã ;)
Beijos voluptuosos
Yulunga, you bet! ;)
Será que são consequências de abanar a lantejoula? :P
Boas férias, repletas de tranquilidade e banhos... ॐ
Gaja Inês que estás de todo, abençoada sejas! :P
Sábado e os seus prazeres… um bálsamo para o resto da semana.
Por mim a semana deveria começar ao Sábado, ou Sexta-Feira à noite em grande volúpia.
Um beijo recíproco de volúpia em veludo… ;)
Voto nessa da semana começar ao sábado... desde que seja num forróbodó de volúpia! ;)
Beijo...
(essa volúpia com veludo parece-me bem ;))
Acreditem ou não, a Nevrótica não lê nada disto, o que ela gosta é de filmes.... e que filmes! Já andou a poupar para fazer uma digressão a Bollywood ver a última película de Shah Rukh Khan...
ele tem uma cabeça fálica...qual é o som de bater as asas??? lol axo k deviamos falar mais de sexo sem tabus nem falsos moralismos...é tao natural como um puroooo danoneee ;)
Ó R, vê lá, vê lá... ainda te convido para ires ver o Devdas, um típico Romeu e Julieta à moda de Ganges e, ainda, te babas pela Aishwarya Rai. ;)
Lu, tem cuidado com esses reparos fálicos… e não me perguntes se é proporcional! Parvati pode não gostar! Isto resume-se a muita fecundidade. :P
E um danoninho também para ti ;)
Este post deixa os neurónios em curto-circuito.
Pulsões, prazer, pecado, moralidade, religião, espiritualidade, sexo e desprazer!?... Tudo assim de uma assentada? É uma dose muito concentrada pá!
Uivo pah, isso só revela que é muita fruta para ti! Não estás habituado a beber Compal é o que dá! :P
as irmazinhas do sexo eheheh que farda!
Epah, Candida essa tua perspectiva leva-nos a uma relação incestuosa, ó diabo! :)))
Bem-vinda ao Cabeças com Asas… ;)
Cool guestbook, interesting information... Keep it UP
»
Enviar um comentário