sexta-feira, junho 16, 2006

Falsa Cultura, Falsas Irreverências


Na passada Segunda-Feira, véspera de Santo António, o demónio saiu à rua em vestes de registos musicais que a Câmara Municipal de Lisboa tão atenciosamente dedica ao estímulo da seratonina do pessoal que circunda os lados da Baixa. Desta forma, em mensagem irreverente configurada em graus leviandade e em crescente epicurismo, fez ecoar pelas ruas “O que é que nós temos de fazer? talvez f****, talvez f****; Tu e eu o que é que de temos de fazer? talvez f****, talvez f****” – a questão é que fiquei em dúvida se o Carmona está a avisar os lisboetas das consequências directas do seu mandato, ou unicamente, está a incentivar o aumento da Taxa de Natalidade em Lisboa com o propósito de entrar numa competição nacional de cariz centralista com autênticos resultados diabólicos outsiders de parimentos por gaja. O que poderia significar, em regime de contenção pelo Governo, que o mulherio parideiro do Norte e do Sul do país têm obrigatoriamente de ter a criançada em Lisboa.
Mas, quando menos esperava, começou a ecoar pelas ruas outro registo musical dúbio, “Sexo, drogas e rock n’roll” dos Santos e Pecadores – comecei a pensar que o dj de serviço fosse o Franciso Louça do Bloco, mas arrematei, que a mensagem do Carmona é promover a cultura irreverente da moca. Afinal, o Carmona é um fixolas!
Porém, na Quarta-Feira Lisboa regressou aos estimados valores nobres e de família. Por volta das dez horas da noite, invocou o espírito natalício e fez ecoar pelas ruas da Baixa o “Silent Night” e outras canções repletas de sininhos e vozes angelicais – consciente de todos os meus sentidos, com uma ausência total de consumo de substâncias psicotrópicas, apercebi-me que o belzebu tinha sido exorcizado aparentemente. Regressamos aos prazeres demoníacos de se fazer pela calada.

6 comentários:

Anónimo disse...

As coisas que ela ouve, isso sim é sinal de grande moca, andas a snifar manjericos, ou será outra erva?? Qual foi a quadra que te calhou? Coisa brejeira, popularucha, imagino, do tipo .." tu queres é levar com o chouriço", ou talvez "a perninha da menina, quem paga é perninha da menina.." e depois vem com histórias de taxas de natalidade. Faz como eles, curte a naite e não penses no amanhã.

travis disse...

Graças a Deus que tenho o rio Tejo entre mim e a Babilónia.
X

Inês Diana disse...

Fonix, gaja, e eu que ha 3 dias que não saio de casa e nem dei por nada... lol ;)

Já estou como o Ric... isso é falta de sementes, pa!! Se precisares já sabes que se arranja umas lá por casa! Nem que seja de Jasmim! ehehehe ;)

Beijos Anjelicais... com sininhos! ;)

Nevrótica Aluada disse...

Ó Ric, frisei que estava consciente das minhas plenas capacidades mentais mentecaptas e manjericos, só aqueles de 1,75 para cima a dedicarem-me quadras à la mode do Bocage. =)

Nevrótica Aluada disse...

Mr X, deixa lá que tens outros petiscos psicadélicos com refulgências azuladas e tunz, tunz, tunz…

Nevrótica Aluada disse...

Gaja celestial, sementes imaculadas essas… :P

Jasmim é sempre uma boa opção para auxiliar a seratonina e, como está de chuva, merecemos uma apple pie seguido da graça de chás marrakeshnianos refrescantes. Temos de ver isso, temos… ;)

Cuidado com prolongamentos caseiros, ainda te cai o tecto! Gostei dos sininhos...

Beijão em contra corrente solarenga… chuakissssssss