Começou o mês de maio e já nos abriu o apetite para desfrutar de prazeres mundanos, mui nobres, próprios de uma bela tasca lisboeta: Os caracóis e os tremoços, acompanhados de uma bela bejeca fresquinha. Isso é que é vida! Sobretudo se for feita numa óptima companhia, de um amigo ou amiga que partilha os verdadeiros repastos que a vida tem para oferecer, assim como de umas valentes piadas que jorram desse momento único.
Quais caviar ou lagosta!!! Epá, as maravilhas dos petiscos lisboetas são divinais, como sucede com o belo marisco que é o Tremoço, como diria Eusébio. Por vezes há quem acrescente na mesa umas pevides ou uns amendoins, que também são dignos de uma prosaica refeição tascosa. Se não houver a loira fresquinha com espuma também serve uma sangria (não importa a cor) repleta de frutos sumarentos...
Realmente faz-me espécie como é que há para ai tanto pessoal que gasta tanta massa a ir a restaurantes finos e caros, quando o que é mesmo bom está na tasca mais próxima de uma ruela! Fónix que cena! Não entendo...
quarta-feira, maio 03, 2006
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2 comentários:
Acordem os fadistas
Que eu quero ouvir o fado
P'las sombras da moirama
P'las brumas dessa Alfama
P'lo Bairro Alto amado
Acordem as guitarras
Até que mãos amigas
Com a graça que nos preza
Desfiem numa reza
Rosários de cantigas
Cantigas do fado
Retalhos de vida
Umbrais de um passado
De porta corrida
São ais inocentes
Que embargam a voz
Das almas dos crentes
Que rezam por nós
Acordem as vielas
Aonde o fado mora
E há um cantar de beijos
Em marchas de desejos
Que vão p'la rua fora
Acordem as tabernas
Até que o fado canta
Em doce nostalgia
Aquela melodia
Que tanto nos encanta
Ó gaja da tasca quando é que se segue a próxima caracolada? Yeah, yeah, yeah a nossa jola é que é! :P
A letra do fado, como deves calcular, é do Camané, só podia. ;)
tenho pena dos caracóis, acho mesmo um nojo comê-los, no sentido do paladar, e uma tradição já completamente desnecessária... antes prefiro umas ameijoas... coitadas...
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